Pelo Ouvido
Tenho certeza que ela vai e trair. – Disse ele em sua cama. Sofria por causa de uma doença havia pego a 1 ano.
Ela te ama – respondeu seu melhor amigo.
Seu desejo e mais forte que seu amor. – Mal disse isso e já estava pranteando segurando a mão de seu amigo.
Ela te ama mais que tudo.
Já deve estar e traindo. – Refutou.
Ela não seria capaz.
Quando éramos mais jovens você era um amigo melhor. Hoje não tem nem a decência de ser verdadeiro comigo. Não leva em consideração o meu sofrimento e muito menos a nossa velha amizade. Esta angústia acerca de minha mulher, me mata mais rápido que esta doença. Você não pode imaginar o que é ter o seu amor nos braços de outro alguém, pra mim é melhor morrer do que passar por algo assim, se ainda fosse sadio não ter problema, mas já a beira da morte, é melhor que eu vá logo. – Mal pôde dizer essas palavras, pois a tosse fazia seu corpo todo tremer.
Alguém! Por favor traz água! – Disse o amigo.
Entra uma linda mulher no quarto, com o copo d’água e uma sincera expressão de preocupação, na verdade já estava quase chorando.
O Amigo pega o copo de sua mão, e o pões no criado mudo ao lado da cama então ele se dirige até ela e lhe toca suavemente no braço como sinal de que queria conversar com ela do lado de fora, e sai do quarto ; Ela o acompanha.
Preciso contar a ele! – Disse o amigo sussurrando.
Ele não vai me perdoar! – Disse ela chorando baixo.
E nem a mim. – Disse o amigo Baixando a cabeça.
Então ouviu-se um silêncio. Nada de tosse. Ao perceber o silêncio eles entram no quarto e vêem o homem deitado escrevendo calmamente num pedaço de papel sobre a barriga, ao completar uma linha a caneta cai de sua mão, que por sua vez cai sem força em cima da cama. Morreu. A mulher se aproxima e pega o papel que dizia:
Amargurado, morri de dupla traição.
Marcos Antonio da Silva e Silva
1 comentários:
Bom Conto! Eu não sabia que você tinha talento assim pra escrever!
Você leva jeito pra escrever drama.
Parabens!
Postar um comentário