“O homem é o lobo do homem”

Esta frase pertence a Thomas Hobbes estudioso Inglês do século 16. Fico pensando e circunstâncias ele chegou a essa conclusão. Certamente refletindo sobre a nossa imensa capacidade de não levarmos o outro, o nosso próximo ou nosso semelhante (como queiram) em consideração.

Até onde somos capazes de ir para nos auto-afirmarmos? Para mostrarmos nossa “superioridade” diante outro? Para deixarmos evidentes as linhas do nosso território?

O mais incrível de tudo, é que ainda ficamos surpresos ou chocados com as barbaridades que comentemos. Da mesma forma eu fique chocado ontem com a matéria exibida pelo fantástico acerca dos moradores de rua que foram queimados em uma cidade próxima a Brasília. Confira a matéria: 

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1678858-15605,00.html

Torna-se quase impossível acreditar que um “ser humano” foi capaz de cometer tal atrocidade sem sequer estar sofrendo algum tipo de ameaça. – pois assim o pretexto seria de que agiu por legítima defesa, ou por instinto de sobrevivência - O que leva uma pessoa a fazer isso?!

E um país onde estudar é privilégio, fazer três refeições por dia é privilégio, onde a dignidade é privilégio, será também o direito a vida um privilégio?

São quando coisas como essas acontecem que me pergunto se há alguma bondade nos seres humanos. Como o verde predominante em nossa bandeira nos traz esperança, essa é a única resta: a esperança de uma dia vivermos em uma sociedade que saiba respeitar e garantir os Direitos dos outros, e que quando isso não aconteça que os “infratores” – palavra mais bonita que eu encontrei – sejam encontrados e responsabilizados pelo que fizeram.

Ou concordaremos com Thomas Hobbes em sua defesa pelo estado natura, onde existe uma sociedade em que se permite que o Homem seja o lobo do Homem?

Pensemos.